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Blog OCF

6 de abril é o Dia Mundial da Atividade Física. Como já comprovado em diversos estudos, realizar exercícios físicos diminui a probabilidade de alguém desenvolver um câncer, em especial porque manter o corpo em movimento evita a obesidade.

Mas, além disso, praticar exercícios é muito importante para quem já está em tratamento oncológico. Isso porque praticar atividade física pode fazer com que os efeitos colaterais dos medicamentos sejam amenizados.

A quimioterapia pode causar náusea, falta de apetite, dores pelo corpo, perda de peso e fadiga, e realizar exercícios frequentemente pode ajudar a reduzir alguns deles, principalmente, a fadiga.

“A fadiga ou cansaço que comumente encontramos nos pacientes têm origem em diversos fatores. Mas o principal é o estresse ocasionado pelo diagnóstico e a possibilidade aumentada de depressão”, explica o hematologista Rodrigo Santucci, diretor da Hemomed.

Outra possível razão para a fadiga é a atrofia muscular causada pela perda de peso. Isso acontece porque muitos pacientes encontram dificuldade em se alimentar.  Isso faz com que a doença consuma muitos nutrientes do corpo e até a própria musculatura. E é aí que a atividade física entra.

Ela consegue frear a degeneração muscular, diminuindo, consequentemente, a fadiga. Realizar exercícios com frequência durante o tratamento influencia indiretamente no fortalecimento do sistema imunológico, eleva a concentração de hemácias no sangue e melhora a capacidade física. Além de também liberar neurotransmissores que trazem a sensação de prazer, bem-estar, melhoram a autoestima e fazem com que a pessoa se mantenha ativa diminuindo as chances de apresentar um quadro de depressão.

Que tipo de atividade física um paciente pode realizar?

O recomendado é conversar primeiro com o médico para saber quais tipos de exercício ele indica. Mas o limite da intensidade está no limite do seu corpo. Não force mais do que você aguenta.

Se antes do tratamento você era uma pessoa sedentária, começar a realizar atividades físicas que forcem muito não é o ideal. Primeiramente, faça algo leve, como uma caminhada ou o yoga. Posteriormente, aumente a intensidade e a duração conforme seu corpo permitir. Sempre com acompanhamento do médico e de um educador físico.

Evite realizar exercícios no dia da sessão de quimioterapia. Mas, no dia seguinte, se estiver se sentindo bem, já retome as atividades.

Se forem levados em conta os cânceres do sangue, deve ainda serem consideradas as características específicas de cada um deles para determinar qual exercício pode ser realizado.

Por exemplo, o mieloma múltiplo gera lesões que facilitam o aparecimento de fraturas. Então exercícios nos quais aconteçam um contato bruto e direto devem ser evitados, como as lutas, futebol.

Outra restrição importante é em relação aos pacientes que fazem uso dos imunossupressores. Como a defesa do corpo já está um pouco mais fraca, devem ser evitados ambientes frequentados por muitas pessoas, como piscinas. Já que isso poderia facilitar o aparecimento de infecções.

Mandamentos para a atividade física durante o tratamento:

-Pegar leve no início. Aos poucos, você pode aumentar a frequência e a duração dos exercícios

-Fazer pequenos períodos de exercícios com pausas para descanso

-Fazer atividades que movimentam grupos grandes de músculos e que mantenham a massa muscular, força do osso, flexibilidade e movimento nas articulações

-Fazer três minutos de alongamento antes de qualquer atividade

-Colocar a diversão como ponto importante. Está liberado chamar amigos e família para este momento.

-Beber muita água.

-Não se exercitar se tiver dor, náusea e vômito

-Também evitar exercícios se estiver com anemia ou níveis anormais de minerais no sangue, como potássio e sódio

-Evitar superfícies irregulares ou atividades que possam causar quedas ou ferimentos

Fonte:
Abrale
https://www.abrale.org.br/revista-online/atividade-fisica-no-combate-ao-cancer/

 

 

 

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